A dor de uma traição é grande e tão cortante que confere à pessoa traída o direito de tomar, apenas, as decisões que consegue suportar. A queles que já passaram por situações de traição, sabem perfeitamente que as suas emoções ficaram mutiladas, o seu modo de encarar o mundo e os outros mudou para sempre, e, por conseguinte, é muito natural que primeiro precisem de um tempo para se recomporem da “ressaca de nervos” causada pelo impacto da traição e só depois, quando se sentirem com forças para outro processo de adaptação à novidade, sejam capazes de lidar com o vazio da separação. Cada um tem o seu grau de tolerância, a sua capacidade de “reserva” e nem todos conseguem agir no momento, de modo racional. É como esperar de alguém que foi espancado a capacidade imediata de retaliação ao seu agressor. Uns conseguem, outros não!
Penso que a partir do momento que a pessoa descobre que foi traída, passa a ter o legitimo direito de optar por tudo aquilo que a faz feliz, ou pelo menos, menos infeliz, e se isso implicar não se afastar imediatamente do traidor, não significa que a pessoa traída careça de inteligência, ou de bom senso, apenas está a dar o passos que consegue, até reunir forças para o derradeiro chute!
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